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Ceará terá R$ 80 bi para infraestrutura até 2018

Com R$ 80,1 bilhões previstos para investimentos em infraestrutura até 2018, o Ceará ocupa a quarta posição no ranking brasileiro de estados que terão os maiores aportes nessa área. O resultado foi revelado em pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), que aponta desembolsos de R$ 1,19 trilhão no País, partindo tanto da iniciativa pública quanto privada.

O estudo, intitulado "Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2018" e realizado pelas empresas Criactive e Inteligência, aponta 8.300 obras em andamento, em projeto ou intenção, em oito setores da economia - óleo e gás, transporte, energia, saneamento, indústria, infraestrutura de habitação, infraestrutura esportiva, dentre outros.

Com os investimentos programados, o Ceará participa com 6,71% do total, em recursos financeiros, projetado para o Brasil. Se comparado apenas com o Nordeste, o Estado fica em primeira colocação, com 28,74% do valor somado dos nove estados nordestinos. O montante a ser aplicado na região soma R$ 278,78 bilhões no período de 2013 a 2018 e está fortemente concentrado em quatro estados: Maranhão (R$ 59,6 bilhões), Pernambuco (R$ 55,5 bilhões), Bahia (R$ 50,9 bilhões), além do próprio Ceará. Há ainda outros R$ 10,5 bilhões em investimentos que englobam vários estados, como é o caso da transposição do Rio São Francisco e da ferrovia Nova Transnordestina.

"Realmente, o Ceará tem sido agressivo com investimentos nos últimos anos, tanto por parte da iniciativa pública quanto da privada. Nesta última, temos, no momento, significantes aportes na área de siderurgia, com a construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e da Siderúrgica Latino-Americana (Silat)", avalia o economista e consultor internacional Alcântara Macêdo.

Conjuntura

De acordo com ele, o Estado poderia ainda estar em uma fase melhor, não fosse por questões macroeconômicas, por medidas do governo federal que não têm estimulado investimentos privados. E, de acordo com ele, são estes que têm maior agilidade em sua execução. "Se o Brasil não abrir para a iniciativa privada os empreendimentos, por concessão ou PPP (Parceria Público-Privada), será difícil de resolver, uma vez que o País não tem poupança bruta ou líquida para dar conta de toda a demanda". Macêdo analisa, entretanto, que será difícil realizar todos estes R$ 80,1 bilhões de investimentos programados para o Ceará neste período de tempo, especialmente porque boa parte deles é proveniente de obras públicas, mais sujeitas a burocracias.

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