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Chuva de diamante é fenômeno identificado em Júpiter e Saturno

Diamantes que chovem em Júpiter e Saturno podem chegar até a 1 centímetro de diâmetro Foto: Flickr
Diamantes que chovem em Júpiter e Saturno
podem chegar até a 1 centímetro de diâmetro Foto: Flickr

Uma descoberta que pode animar a embrionária indústria da mineração espacial. Pesquisadores da Sociedade Americana de Astronomia descobriram que nas exóticas atmosferas de Saturno e Júpiter pode chover até mil toneladas de diamante por ano.

O fenômeno ocorre devido a transformação do carbono contido no abundante gás metano de suas camadas de ar em grafite e diamante, a partir de poderosos raios gerados pela imensa atividade atmosférica dos gigantes gasosos. As partículas de diamante que chovem na superfície dos dois planetas (provavelmente formada de hidrogênio líquido ou metálico) podem chegar, de acordo com os cálculos, a 1 centímetro de diâmetro.

Segundo Kevin Baines, da Universidade de Winsconsin-Madison e do Laboratório de Propulsão da Nasa, ”à medida que vai caindo, esse carbono entra em choque com a pressão atmosférica desses planetas, e se transforma primeiro em pedaços de grafite e, em seguida, em diamantes. Dependendo das condições, esses granizos de diamante podem inclusive derreter. Seriam diamantes grande o suficiente para se colocar em um anel”.

Os cientistas analisaram as últimas temperaturas e pré-condições de pressão no interior dos planetas, além de novos dados sobre como o carbono se comporta em diferentes condições. “Parece válida a ideia de que há uma profunda variação dentro das atmosferas de Júpiter e ainda mais de Saturno, nas quais o carbono poderia se estabilizar como diamante”, disse o professor Raymond Jeanloz, um dos responsáveis pela descoberta de que havia diamantes em Urano e Netuno.

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