Últimas notícias

ORGANIZE AS FINANÇAS SEM FICAR NO VERMELHO


Especialistas orientam como exercer o consumo responsável. O POVO vem publicando, desde a semana passada, matérias que auxiliam consumidor a encontrar o equilíbrio financeiro


O fim do ano está chegando e com a ele a oportunidade de realizar projetos pessoais. Essa semana a Serasa Experian prorrogou até o dia 26 de outubro o prazo do Feirão Limpa Nome Online oferecendo a oportunidade àqueles que tentam organizar suas dívidas e voltar a ter crédito. Apesar da oportunidade, muitas pessoas. seduzidas pelas ofertas e facilidades do mercado, esquecem o acordo dos débitos antigos e voltam às compras compulsivas. Com isso, acabam retornando ao grupo de inadimplentes.


Para o educador financeiro, Mauro Calil, para evitar novas armadilhas, primeiramente deve-se discriminar o quanto você deve, pra quem você deve, há quanto tempo e qual a taxa de juro dos débitos. “
Veja quanto você ganha e como pode pagar. Também pode vender o que não usa. De acordo com o valor da dívida, vender o carro pode ser uma saída. ”
Aos que não dispõem de bens para quitar as contas, o ideal é a troca de dívidas mais caras, como o cartão de crédito e cheque especial, por uma mais barata. É o que orienta o professor de finanças da Fundação do Comércio Álvares Penteado (Fecap) e Mestre em Administração pela Universidade de São Paulo, César Guimarães. “Os juros dos cartões e cheque especial são altíssimos e variam de 10% a 12%. O ideal nesse caso é a adesão do crédito pessoal parcelado. Esse tipo de empréstimo tem juros menores entre 4% e 5% ao mês.”

Na renegociação é importante que o cliente fique atento no que está sendo incluído ao acordo, afirma César. “O consumidor deve ficar alerta se o banco ou instituição não está vendendo um produto na renegociação. Ou seja, se ele está agregando um serviço que o cliente não solicitou, dentro do valor acordado.”
Para Jamile Araújo, manter as contas em dias também exige bom senso. “Eu utilizo menos da metade do meu salário pra comprar o que preciso e guardo a outra parte pra imprevistos de saúde.” Para ela, utilizar todo o limite do cartão não faz sentido para quem ganha o equivalente à ele. “Eu sempre pago o total da fatura. Dá pra me organizar e não fico com uma dívida que não posso pagar”, afirma.

É o que orienta Mauro Calil, “Não há como fugir das despesas básicas como água, luz e aluguel. Mas você pode comprar só o que precisa e trocar o lazer caro por um mais barato. Declare guerra a dívida.” Ambos especialistas enfatizam a importância da educação financeira. Para o professor César Guimarães, o consumo irresponsável é um dos principais motivos da inadimplência. “A educação para o consumo, além de preventiva, ajuda a não chegar numa situação financeira crítica. Devemos aprender a lhe dar com a frustração de não consumo.” afirma.


Fonte: O POVO

Nenhum comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.